Em diversos setores do meio social, seja acadêmico, empresarial ou mesmo familiar o tema liderança chama a atenção de todos, principalmente os entusiasmados o tema, diversos trabalhos bem produzidos por autores e profissionais a frente de equipes e que buscam compreender o seu real significado, as suas características e as deficiências encontradas por muitos que, distorcem seu real significado e define de forma errada atribuindo seu significado a definições contrarias sem ao menos entender as diferenças existentes entre uma chefia e uma liderança.
Por outro lado estudos e trabalhos são desenvolvidos encontrando definições que trazem a luz o tema relacionado à chefia, as vezes por entendimento pessoal, as vezes por confronto de necessidades, esses dois pontos de vista aparentemente excludentes tem levado a discussões acaloradas, enquanto uns defendem o modelo de chefia, outros os de liderança baseado em suas próprias visões e convicções
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Por que esse tema chama tanto a atenção da sociedade e é objeto de discussão entre diversos especialistas, estudantes, profissionais, pais de família, professores, enfim, uma gama de pessoas discute a todo tempo sua importância como sendo um fator essencial para o sucesso e necessário sua aplicação e entendimento.
Cada ser é dotado de entendimento próprio e sendo assim cada um tem uma visão muito particular a seu respeito, talvez por isso e pela importância do tema é que nunca se chega a sua perfeita compreensão, mas é possível encontrar um consenso percebendo que alguns valores são destaque nesta questão.
Para colaborar este texto busca explorar algumas visões ainda que passível de discussão, pois não considero nenhum modelo ideal em contra partida a outro, o que pude observar é que há uma má aplicação do modelo que melhor se adapta as necessidades imediatas.
Bastaria considerar que a liderança é o melhor modelo a ser implementado em qualquer ambiente, mas estaria confrontando com modelos onde à chefia é aplicada com sucesso ou ao menos os resultados dão a prova disso.
Ao estudar sobre o tema encontrei diversas obras sobre liderança e estas fazem referências a grandes nomes da história da humanidade com exemplos de humanidade incontestáveis que produziram verdadeiras revoluções em suas épocas, sendo seus ensinamentos aplicados ao pé da letra nos dias atuais. Trariam bons resultados?
Talvez sim, talvez não, depende do ambiente onde supostamente seria aplicado o modelo, ainda mais deveria considerar as pessoas que lá estão, seus valores, e como reagiriam as mudanças, o fato de considerar este ou aquele como o melhor modelo por si só é contrario a natureza humana, pois ela se conforma facilmente ao ambiente caso haja necessidade de renovação.
Mesmo indo nesta linha de pensamento, procurei entender as diferenças existentes entre os dois modelos e para facilitar minha pesquisa considerei o ambiente empresarial e as relações entre os chamados chefes e líderes no ambiente de trabalho.
E para me apoiar busquei no dicionário Aurélio as seguintes definições:
Líder: "Um chefe, um guia, aquele que representa um grupo".
Chefe: "Pessoa que comanda que dirige; o cabeça; o alto escudo; tratamento irônico que geralmente é dado a um desconhecido".
Duas definições que apesar de bem parecidas traz a primeira referindo-se a um chefe, mas dá o sentido de orientador, de guia a ser seguido, enquanto a segunda da o sentido de autoritarismo.
Nas organizações empresariais o Chefe é aquele conhecido por dar ordens diretas e incontestáveis aos demais executarem tarefas através da sua imposição, obrigando-os demais a cumprirem sem considerar que muitas vezes aspectos relativos às condições humanas estão envolvidos e podem em certos momentos ser feito de maneira diferente ou menos imediata e quase sempre de forma inflexível. Muitos defendem a necessidade dessa postura em dados momentos, mas no caso dos chefes esta é sempre a mesma postura observada.
Enquanto o Líder é conhecido como aquele que orienta as pessoas a fazerem de bom grado aquilo que é proposto, geralmente pedindo e não impondo além estar aberto a considerar contestações para sua análise. Sua postura é mais voltada a participação de todos segundo autores pesquisados.
Num primeiro momento observamos essa segunda definição mais voltada à ideia de motivação, respeito, conquista, atenção e a construção de um ambiente harmônico em prol dos objetivos coletivos.
Sendo essas definições tão diferentes faço um paralelo com experiências das quais vivenciamos com pessoas com um desses dois tipos de comportamentos. E imagino qual dos dois de fato acrescentou algo de inesquecível ou de traumático em sua vida.
Assumir a responsabilidade pela condução de uma equipe, além de considerar que tão importante quanto atingir objetivos da empresa é fazer com que os que estão sob sua coordenação o ajudem é de fato uma qualidade encontrada naqueles cuja disposição para enfrentar os desafios esteja bem clara, os problemas aparecerão e exigirão dele muita desenvoltura e aprimoramento.
Uma vez sua responsabilidade esta projeta em você a imagem ideal a ser seguida, as direções vindas daquele em quem confiam e julgam ser a figura mais preparada para tal finalidade tem muito peso, as expectativas são enormes e qualquer falha será acompanhada de muita cobrança, os colaboradores esperam atitudes comportamentais positivas e atenção voltada para os membros da equipe.
Se a postura for aquela de dar ordens e exigir que os colaboradores apenas trabalhem sem poderem manifestar suas opiniões referentes ao âmbito profissional, este também tem cobranças, mas está sob a proteção superior hierárquica e tem a liberdade para agir a sua maneira, com isso sua postura não exige que seja um exemplo a ser seguido, basta que façam o que é imposto e pronto, o ambiente conduzido por eles costuma ser de descontentamento, desunião e afastamento, os colaboradores com conhecimento e potencial para manifestar opiniões positivas transforman-se em colaboradores passivos sem interesse pelo trabalho nem pelo sucesso da organização.
Pessoas em particular têm uma ou outra postura profissional e como as empresas são movidas por pessoas em muitas organizações chefes autoritários se chocam com líderes que defendem outra forma de comportamento, sendo motivo de desentendimentos entre as partes, os colaboradores buscam atuar em um ambiente mais participativo mais propenso a condução de um líder, enquanto chefes buscam exatamente o contrario, um ambiente sem a participação nenhuma destes.
Considere a situação onde se torna líder em uma empresa com a cultura voltada para a hierarquia rígida, ou se torna chefe numa organização com a cultura voltada para a liderança participativa, pois é o que acontece na prática em muitas organizações daí o porquê dos desentendimentos entre essas partes.
Se não houver um alinhamento entre as partes torna-se desgastante para qualquer um tomar sobre si tais responsabilidades e os problemas ao invés de melhorarem acabam por surgir ou ressurgir com mais intensidade.
Muitos autores apontam algumas diferenças marcantes entre um líder e um chefe.
Sérgio D. Neviola do portal rh.com. br. defende que: "O chefe existe naquelas organizações que não precisam - ou não querem ser eficientes, normalmente no setor público ou empresas familiares, onde os privilégios pessoais são mais importantes que projetos de longo prazo", continua. "Líderes estão preocupados com o futuro e não com o presente, ou melhor, preocupam-se em cumprir o necessário no presente para garanti-lo e, além disso, preparar a organização para os desafios vindouros".
Sentimento de posse talvez possa traduzir esta explanação a respeito dos chefes, uma vez que adquirem esse sentimento egoísta só enxergam sua posição de "status" dentro da organização considerando os demais como inferiores na escala de seus próprios valores.
Já os lideres apontam com um sentimento mais coletivista entendendo que a organização só é capaz de atingir o sucesso se cada um doar um pouco do seu melhor.
João Mariz da Costa do Portal Gestão explana "Um líder será alguém que o é, na medida em que é aceita, a chefia, por sua vez, não é mais que um atributo hierárquico de aceitação obrigatória".
Toda organização deve se preocupar com esta questão e não tentar impor a qualquer custo sua maneira de trabalho aos colaboradores, algumas justificam a necessidade de ter em seu quadro chefes autoritários que imponham regras rígidas senão ninguém obedece, enquanto outras dão valor à presença de líderes flexíveis mais voltados à motivação e multiplicadores de conhecimento, não há nada de errado com isso, só que alguém com características de um líder encontra dificuldades em se conformar num cargo de chefe, enquanto o oposto também é verdadeiro.
Os impasses nessa questão têm levado muitos interessados a abordarem este tema, trabalhos bem produzidos apontam os problemas que geralmente ocorrem, por exemplo, os desentendimentos ocorrem quando uma organização cuja atividade principal versa sobre atendimento ao público, uma loja de varejo, por exemplo, necessariamente precisa desenvolver uma cultura organizacional voltada á características de liderança, enquanto em uma organização cujas atividades estão voltadas meramente à produção, a cultura pode até estar voltada a uma hierarquia rígida.
Não que esta seja uma regra básica, mas é o que se encontra em ambientes diversos onde prevalecem as duas características citadas.
O grande impasse esta em mesclar os dois tipos e isso se encontra com certa freqüência, tratam os colaboradores de uma forma rígida esperando deles um comportamento participativo enquanto esperam que os chefes imponham regras incontestáveis e se comportem como líderes motivadores.
Nessas organizações a própria cultura impede que seja desenvolvido um trabalho sinérgico entre colaboradores e diretrizes.
Seja como for e que tipo de organização se empreenda um trabalho, o importante é que se tenha claro que tipo de ambiente profissional se deseja construir, se as atividades diárias e o relacionamento com o público em geral afetam de forma positiva ou negativa os resultados finais.
Conhecer com clareza qual o tipo de negócio e em que área atua, pois nem toda organização necessariamente tem de se preocupar em formar líderes, assim como nem toda organização necessariamente deve se preocupar em promover chefes.
O ambiente profissional oferece oportunidades e desafios dos mais variados e no tocante a esse tema o entendimento dessas questões fornece uma boa base para o emprego da melhor postura comportamental daquele que terá a responsabilidade pela condução de uma equipe. Invariavelmente essas responsabilidades assumidas serão bem administradas no que depender do bom relacionamento que tiver com os agentes colaboradores.
Nos dias atuais pensar que somente a organização é detentora das oportunidades já não esta conforme com a realidade, os colaboradores também exercem o poder de influenciar em muitos aspectos relacionados a toda a cadeia produtiva.
Criar um ambiente harmônico levando em consideração a importância que todos exercem, pode ser o início do sucesso de uma organização que atenta a essas questões mudam sua maneira de enxergar seus colaboradores e passam a tomar certa cautela na hora de nomear seus líderes ou chefes.
O lado negativo disso se é conhecido por muitos, descontentamento entre membros da equipe e chefias, uma queda de braço sem efeitos positivos para ambos os lados até que o colaborador "decida" se auto demitir.
Dados do instituto Gallup apontam que o colaborador que se demite faz não por conta das organizações, pois o trabalho é necessário para a sobrevivência, o que ocorre é que se demitem de seus atuais chefes, cerca de 66% dos colaboradores esse é o percentual que não os suportam. E aí atuais ou futuros lideres ou chefes vamos mudar essa estatística?
por www.administradores.com.br